terça-feira, 16 de setembro de 2014

WTF, VFNO?!?!

Ponderei, juntamente com uma amiga, passar pela Vogue Fashion's Night Out (VFNO), na passada quinta-feira. As razões? 1) estarmos juntas 2) tentar ver coisas giras (reparem no "tentar", pois nestas coisas, nada é garantido...) 3) curtir o prato. Sim, curtir o prato. Sempre que se junta muita gente, a probabilidade de ver coisas engraçadas aumenta, se é que me entendem... É parecido com a Moda Lisboa. Aliás, se estiverem atentos, há personagens que são habitués e já os conhecemos de vista, tanto de um evento, como do outro.

No entanto, ter de estar no escritório no dia seguinte, fresca, às nove da manhã, depois de ter de andar às cotoveladas naquela massa humana para conseguir deslocar-me, quais Santos Populares, a viagem longa que a minha amiga teria de fazer...tudo isto parecia não compensar e acabámos por desistir da ideia. Os pontos 1) e 2) da nossa lista podiam ser concretizados de modo mais agradável e eficaz noutras datas, pensámos nós...

Ao chegar a casa, na sexta-feira, descobri este vídeo, que arrancou de mim boas gargalhadas, como que servindo de consolo por não termos ido...

https://www.youtube.com/watch?v=pWIdm8HkXEU&feature=youtu.be

WTF...

O mais engraçado é que, nessa mesma sexta-feira, sem estarmos à espera e apesar da distância que nos separa habitualmente, acabámos por jantar juntas, isto:




Sem cotoveladas nem confusão e a rir que nem umas perdidas... TOP! ;)

Um abraço para esta babe, pelo divertido e delicioso jantar! <3

Ana.

sexta-feira, 12 de setembro de 2014

Finalmente, o post sobre o fim do 30x30!!!

(foi há quase um mês... but, who cares?)

Inicialmente, encarei isto como um mero exercício de conjugação de trinta peças em trinta looks diferentes. Felizmente, este desafio mostrou-se muito mais útil do que tinha imaginado!

Em primeiro lugar, o facto de tirar uma fotografia a cada look criado, fotografias essas que optei por partilhar publicamente, permite ter uma visão exterior da nossa imagem, que não se tem no dia-a-dia, pois o look não é registado. Ver-me "de fora", como se observasse outra pessoa, propicia a crítica e isso é óptimo.
Adicionalmente, o facto de publicar as fotos obrigou-me a garantir a qualidade mínima de cada look, incluindo maquilhagem e cabelos, logo, saía de casa com melhor aspecto do que quando não me preocupava muito com isso.

Em segundo lugar, como já referi, passei a utilizar acessórios para poder enriquecer as conjugações que fiz. Assim que comecei a observar os looks, rapidamente reconheci uma grave pobreza visual...nem um relógio usava! Contudo, a imagem de um colar ou de um par de brincos em mim, por mais simples que fossem, causava-me o pânico de me sentir uma verdadeira árvore de Natal!!! Comecei com calma, tentando jogar pelo seguro, habituei-me à ideia e hoje consigo usá-los e sentir-me confortável. Excepção feita aos brincos...

Como já referi, não sofro de excesso de roupa. Ainda assim, este exercício permitiu-me concluir que algumas peças, decididamente, estão a mais no meu guarda-roupa, sendo as razões mais frequentes: 1) não me identifico com elas e 2) não me favorecem. Como sou desprendida, algumas foram dispensadas ainda o desafio ia a meio... 
Por outro lado, consegui dar pela falta de algumas peças essenciais, cuja aquisição está já em curso.

Concluindo: passei a ter mais cuidado com a minha aparência (não que fosse descuidada, mas não era tão cuidada como merecia...), aprendi a usar acessórios sem me sentir um palhaço e ainda consegui reorganizar o meu guardar-roupa. No fundo, foi uma ajuda preciosa para consolidar o meu "guarda-roupa de adulto"... ;)

Os últimos dias foram assim:

Dia 28



Dia 29



Dia 30



Ana.

sexta-feira, 5 de setembro de 2014

Perdido por cem, perdido por mil...

Um grande olá, depois desta ausência prolongada, mas repleta de coisas boas! :)

No entanto, sento-me ao computador para deixar aqui a minha indignação com o que ouvi esta tarde. 
Acabada de chegar de férias, fui até à casa dos meus sogros e estava a passar na televisão um daqueles programas de entretenimento (creio que na SIC), no qual aparecia uma senhora, que seria consultora de imagem ou stylist, suponho, a apresentar as tendências de moda para a próxima estação. A dada altura, chega a parte de falar do uso de pêlos (de animais), grande tendência do próximo Outono/Inverno. A apresentadora, e bem, refere a preferência pelo uso de sintéticos, em detrimento dos pêlos verdadeiros, cuja obtenção é feita às custas de uma verdadeira tortura para os animais. A senhora consultora/stylist/whatever, perde então uma grande oportunidade para ficar em silêncio, ao dizer algo do género: eu cá acho que já que os animais são sacrificados para serem comidos, também não faz mal serem sacrificados para o uso do seu pêlo ou pele. A apresentadora reiterou a sua posição, como lhe foi possível, because the show must go on, mas a senhora insistiu, pois se já estão mortos para serem comidos, que se aproveite o pêlo. Ora, e porque é que acho que foi perdida uma boa oportunidade de não fazer má figura? Vejamos:

1.º Os animais cujos pêlos são desejados pela indústria da moda/vestuário são capturados ou criados de formas cruéis e não, não são piedosamente postos num sono eterno para depois serem esfolados com toda a dignidade. Muitos são esfolados vivos ou moribundos e a sua captura pode significar dias de sofrimento presos na armadilha.

2.º A maior parte dos pêlos provêm de animais que não são aproveitados como alimento. A menos que seja vulgar comer martas, furões, chinchilas, raposas ou focas e eu não esteja a par da tendência...

3.º Mesmo no caso de peles derivadas de animais que são habitualmente consumidos como alimento, nem sempre a pele é aproveitada post mortem, sendo frequente que o processo de extracção da sua pele se inicie, mais uma vez, com estes animais vivos. Portanto, lá porque as vaquinhas são para comer, não quer dizer que tenham melhor sorte do que os amiguinhos peludos. Acho que a maioria das pessoas prefere acreditar nisto para manter a consciência tranquila.

4.º The last, but not the least: na minha opinião, ninguém deveria manifestar-se favorável ao sacrifício de animais para algo que não é essencial (nem para coisa nenhuma!), sobretudo de forma tão ligeira, como foi feito. 
Sei que pode parecer que estou a opor-me ao direito ao livre pensamento e à livre expressão, mas não se confundam as coisas, por favor. Para mim, é uma posição que está ao nível de tolerar violência doméstica ou outro tipo de abusos.

Porque sou amiga, vou poupar-vos mais pormenores, imagens, vídeos ou links sobre a obtenção de pêlos ou peles de animais.

A moda e a dignidade dos animais (e das pessoas) não andam propriamente de mãos dadas, mas as coisas não têm de continuar assim, pois há alternativas e essas alternativas deviam ser promovidas. Se a televisão, independentemente de se tratar de um canal público ou privado, aspira a prestar um verdadeiro serviço público, tem a obrigação de promovê-las. 
Tem a obrigação também de convidar pessoas mais informadas sobre as matérias que as próprias estão a tratar e, de preferência, um pouco mais à frente na visão que têm das coisas.

Para saber as próximas tendências de moda, basta abrir duas ou três revistas e ver uns quantos blogues, coordenar cores e texturas até pode ser um talento nato para alguns, mas isso não faz de ninguém um bom consultor de imagem, personal stylist ou afim. Como em qualquer profissão, há princípios que se têm ou não, e que vão pautar a postura assumida ao longo de uma carreira - chama-se ética e faz toda a diferença. Também como em qualquer profissão, a procura constante de conhecimento em diferentes áreas não só não faz mal nenhum, como até valoriza, abre horizontes, faz crescer. E evita o constrangimento que a ignorância pode causar.
Cenas como a que vi hoje só descredibilizam os profissionais destas áreas, dando força à ideia de que estão reservadas a pessoas fúteis, desinteressantes, desinteressadas e pouco dadas ao enriquecimento intelectual ou ao raciocínio. É triste, porque há pessoas a trabalhar em consultoria de imagem/styling que são bem interessantes, interessadas, cultas e inteligentes!

Não quero, contudo, arrasar a senhora, que nem sei como se chama sequer. Simplesmente discordo com a posição desta pessoa, com a divulgação de posições como a sua e acho trágico que, por aparente falta de informação, justifique a sua posição com argumentos que não correspondem à verdade. Acredito que esta pessoa não tenha mau fundo e que só desconheça a realidade desta indústria (embora a devesse conhecer minimamente) - daí a importância de promover as alternativas e alertar publicamente para algo que não está certo.

Prometo posts mais animados do que este nos próximos dias, mas não podia deixar passar isto!

Ana.